segunda-feira, 22 de março de 2010

Pará: Estudo aponta cenário positivo para a construção civil

A conjuntura econômica é favorável a investimentos no setor da construção civil. É o que aponta o estudo divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Estado do Pará (Idesp), levantando o perfil socioeconômico da indústria da construção civil paraense, no período de 2006 a 2007.

Os números apresentam cenário positivo ao setor, que obteve crescimento nominal de 12,73%, no PIB de 2006 para 2007, ultrapassando a porcentagem do Estado (11,58%) e do valor adicionado da indústria (3,77%). A indústria da construção civil cresceu 2,31%.

A indústria de materiais de construção respondeu por 1,6% do PIB do país em 2007, o que representa um valor adicionado de R$ 34,7 bilhões, enquanto o valor da produção no setor chegou a R$ 88,3 bilhões. O menor desempenho coube ao segmento de serviços voltados para a construção civil, que obteve a menor participação no PIB do país - equivalente a 0,6%. O ramo de construções residenciais cresceu 6,3% em 2007, reflexo da expansão do crédito imobiliário e da liberação de recursos da caderneta de poupança para financiar 193.547 unidades habitacionais, segundo estatísticas do Sistema Financeiro da Habitação do Banco Central do Brasil (Bacen).

O município de Belém foi responsável por 30,95% (R$ 923.421,32) do Valor Adicionado (VA) da construção civil no Estado, seguido pelos municípios de Ananindeua (7,91% - R$ 235.899,35); Barcarena (7,10% - R$ 211.852,24); Parauapebas (4,09% - R$ 121.953,94); Santarém (3,77% - R$ 112.514,83) e Tucuruí (3,05% - R$ 90.906,31). Juntos, 20 municípios concentraram 75,09% acima da média dos demais, o correspondente a R$ 2.240.749,00

Crédito - O significativo crescimento na contratação de novos financiamentos imobiliários ocorreu por conta da melhoria nas condições de crédito, seja em função das reduções das taxas de juros de longo prazo, seja em função da manutenção da estabilidade de preços, aliada às recentes medidas promovidas na regulamentação a que estão sujeitas as instituições financeiras integrantes ao Sistema de Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE).

Essas instituições concederam de janeiro de 2006 a dezembro de 2007 um valor total de R$ 13.523.530.854,00 em financiamento imobiliário, voltado à aquisição de imóveis residenciais e comerciais no Brasil, sendo 33,21% concedidos em 2006 e 66,69% em 2007. Os percentuais correspondem a uma taxa de crescimento de 100,21% em 2007. No contexto da região Norte, o Pará se destaca com crescimento expressivo na ordem 182,53% em 2007.

Em relação ao valor da concessão de financiamento imobiliário para a construção de habitações, compras de materiais de construção, reformas ou ampliações de moradias, a pesquisa aponta crescimento de 127,74% em 2007. O Pará apresentou uma taxa de crescimento acima de 200% para este tipo de financiamento em 2007, comparado com 2006.

O cenário positivo se deu ainda por investimentos públicos em infraestrutura realizados no Pará desde 2007, que deverão se estender até 2010, incluindo as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Entre as obras do PAC no Estado que obtiveram maior volume de recursos previstos em investimentos estão a Hidrelétrica de Belo Monte - mais de R$ 2,810 milhões, com estimativa de geração de 4 mil empregos; seguida da construção de linha de transmissão interligando Tucuruí a Macapá (AP) e a Manaus (AM) - R$ 2,267 milhões e 1.500 empregos gerados, e as obras do Programa Luz para Todos - R$ 1,050 milhão e 3.200 empregos gerados.

O PAC na área da habitação prevê a construção de imóveis em diversos municípios, com investimentos de R$ 838,1 milhões, para gerar 3.500 empregos. A construção de novas habitações, além de proporcionar qualidade de vida à população e geração de empregos, combate o déficit e reduz a inadequação habitacional.

Quanto à infraestrutura logística do Estado, as obras de pavimentação de rodovias como a Transamazônica (BR-230), no trecho Marabá-Rurópolis, e a manutenção da BR-163 (Santarém-Cuiabá) e da BR-010 (Belém-Brasília), totalizam recursos de R$ 1,561 milhão e geram 5 mil empregos.

Fonte: Agência Pará de Notícias

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