quarta-feira, 12 de maio de 2010

Imóvel: Áreas de lazer podem deixar condomínio mais caro que prestação de imóvel

As áreas de lazer, comuns no condomínio clube, são a grande armadilha para o consumidor interessado em adquirir um financiamento imobiliário, por meio do feirão da Caixa, que será realizado a partir desta quinta-feira (13) na capital paulista. Apesar de o banco permitir que somente 30% da renda seja comprometida com o financiamento, o valor da dívida com o imóvel poderá aumentar ainda mais, com os gastos do condomínio, segundo especialistas ouvidos pelo R7.

Tomando como base um imóvel de R$ 100 mil, valor médio dos empreendimentos oferecidos no feirão, o condomínio residencial que ofereça a estrutura de um clube pode chegar a R$ 600, devido aos gastos com manutenção da piscina, sala de ginástica e playground.
Somado ao custo do financiamento de R$ 400 (em média), se o mutuário usar recursos da poupança ou FGTS, o empreendimento pode deixar o consumidor com uma despesa mensal superior a R$ 1.000, segundo Maurício Visconti, diretor da Reit, empresa de operações financeiras voltadas para o setor imobiliário.

- Nem mesmo esses imóveis que são vendidos com um valor fixo dos condomínios servem como garantia. Com o desgaste da estrutura ao longo do tempo a previsão é que a taxa de manutenção também aumente, já que o elevador pode dar problema ou a piscina pode ter alguma infiltração.

Mesmo que o financiamento comprometa 30% da renda, a dica é não deixar que o IPTU e o condomínio ultrapassem os 40% do rendimento da família, segundo Hubert Gebara, vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP.

No caso dos condomínios clube, no entanto, Hubert afirma que a família deve estudar a despesa extra, já que não há gasto de locomoção para quem gosta de praticar algum esporte e não é sócio de nenhum clube tradicional.

- Fica mais barato que um clube fora, mas a pessoa tem que ver se o valor total da despesa cabe no bolso. Geralmente, os condomínios com 2.000 apartamentos, no caso os populares, costumam ter uma taxa de manutenção mais barata, porque o custo é rateado.

A dica dos especialistas é prestar atenção na hora de assinar o contrato. Em vez de se ater somente ao valor da prestação, o consumidor deve ficar atento ao valor total do imóvel, para evitar “surpresas” com o financiamento. Quanto maior a área de lazer, maior deve ser o valor do condomínio.

Dados do Secovi (sindicato da habitação) concedidos ao R7 apontam que as ações de cobrança por atraso no condomínio aumentaram 6,96% em abril deste ano, na comparação com o mesmo mês no ano passado.

Vale ressaltar que o atraso superior a 90 dias, ou seja, de três parcelas do financiamento, coloca em risco o contrato. Dessa forma, independente do número de parcelas pagas, o mutuário corre o risco de perder o financiamento, ou ter que refinanciar com taxa superior ao contrato original. Caso contrário, o mutuário corre o risco de perder o bem na Justiça. Atualmente, a taxa de inadimplência está em 1,46% (dados de fevereiro).

Fonte: R7 Notícias

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